sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O Ponto de Transição


No Caminhar de uma Nova Escolha        

 

No giro certo da natureza real e suprema, uma coisa devemos pensar e questionar : Somos nós que estamos no Mundo ou o Mundo é que está em nós ? Existe uma teoria espiritual que diz que não estamos no mundo e sim que ele está em nós.
Houve um tempo em que a doutrina de uma realidade ocupava o lugar central na vida espiritual e sempre existiu uma variedade de religiões, de pessoas e as tradições também variavam muito e eram enormes. O monoteísmo chamava a realidade única de Deus; a Índia de Brama; a China de Tao. Não importava o nome, todos viviam dentro de uma inteligência infinita e tudo mais que fazíamos por nossa conta era parte do grande desígnio da Criação.
Não era preciso ser ou se tornar um buscador espiritual para encontrar a realidade única. A vida num Todo e de Todos já se encaixava nela. O Criador permeava igualmente cada partícula da Criação e a mesma centelha divina animava todas as formas de Vida.
Em nossos dias atuais e em nossa sociedade, isso é chamado de misticismo, pois isso faz parte de uma percepção ou intuição de um mundo invisível. Invisível? O que dizer dos nossos antepassados se eles tivessem tido acesso ao microscópio? Teriam eles uma prova concreta do misticismo na maneira em como cada célula se comporta?
Acreditar em uma realidade universal coloca todo mundo no centro da existência. E por que quando somos convidados através da dor da perda, da morte ou de grandes catástrofes naturais, vivemos essa centralização e esse credo da realidade única, tão real como a Vida própria é? Será que intuitivamente sabemos que estamos no mesmo barco? Porém, tão rápido cada parte se refaça, cada coisa volte ao seu devido lugar...também nos separamos da realidade universal, a mesma que dá a condição de todo ser humano ser humano,mas insistimos em ser extra-humano.
O símbolo místico dessa noção era um círculo com um ponto no centro, o que significava que cada indivíduo (0 ponto) era secretamente infinito ( O círculo). É como a minúscula célula cujo ponto central de DNA a conecta a bilhões de anos de evolução.
Por que a crença em uma realidade única se degradou? Era possível outra realidade ou poderia ter uma outra alternativa ? Esta também colocava cada um no centro do seu mundo?
A imagem do ser como centro deveria levá-lo a inclusão? E por que estamos mesmo assim nos sentindo tão só no decorrer de toda essa evolução? Isolados seguimos, alguns ou todos, motivados pelo desejo pessoal em vez de impelidos por uma vida compartilhada de comunhão com a alma.
Sua escolha está aí, no ego ou na alma?E por que não no equilíbrio dos dois? Seria o ego o grande responsável por toda mudança de ordem existente atualmente? É preciso um pouco mais de estudo e talvez de um olhar mais profundo e pra dentro. Como também uma investigação pessoal e coletiva, principalmente pra agora, pro hoje, pois comparando com o mundo celular, nenhuma célula vive separada uma das outras e do seu sistema ou fazendo outra função que  compromete o sistema num Todo...a não ser quando esta está cancerígena e a partir daí sim, ela trabalha sozinha, isolada e contra o sistema, causando um estrago.
Não é assim que estamos no atual momento e este é o nosso comportamento egoico? Nos sentimos,tanto o centro do universo que achamos normal fazermos o que bem queremos e trabalhar sem cooperação é uma normose de um sistema doente? Pense nisso e faça sua escolha! Talvez não pelo centro e sim pela responsabilidade de ser o centro e, vale lembrar que a palavra responsabilidade significa responder com habilidade.                     

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